sábado, 30 de março de 2013

Crônica engarrafada


Escrevo deste longínquo lugar para alguém que nem ao menos conheço.
Esta, carta que dentro de uma garrafa vagará, é um ato do acaso...
... uma chance ao oportuno.
Não conheço você, não sei seu sexo, idade, cor, crenças, se tem filhos ou não...
... nem quero saber algo sobre você.
Não quero lhe falar sobre coisas ruins...
... e sim sobre os valores da vida!
Não sei quais são os seus problemas...
... e nem quero saber.
Depois de aprender que amar as pessoas é mais importante que amar os objetos.
Aprendi que na vida temos três pilares fundamentais:
As pessoas que nos amam reciprocamente...
A felicidade de estar vivo...
E a arte de ser simples.
Sem estes pilares, não temos fé nem em nós mesmos!
Escrevo para dizer que te amo. Mesmo sem te ver, tenho fé em você.
Talvez você precise disso...
... talvez eu precise dizer que amo alguém...
Não me identifico para não criar expectativas e/ou dissabores.
Mas espero que você entenda que essa carta engarrafada foi feita para você mesmo.
Desde que caiu no oceano, viajou muito até te encontrar.
E mesmo engarrafados, os sentimentos nunca perecem...




sexta-feira, 29 de março de 2013

Entendeu?


Somos o que pensamos e o que fazemos.
Somos paradoxalmente indecifráveis.
Ortodoxamente retrógrados.
Um paradigma do surreal.
Pragmáticos por natureza.
Nossa vida?
Uma peripécia burlesca do contrassenso.
Somos cavaleiros apocalípticos da balbúrdia.
Uma miscelânea do grotesco com o sublime, do sobrenatural e o olímpico.
Um escárnio do acaso.
Somos e sempre seremos sodomizados por nossos atos.
E nossa apoteose, eufemisticamente falando, será nosso fenecimento.




quinta-feira, 28 de março de 2013

A sutil incerteza do amor


Você sutil...
... eu incerto!
Na sutileza dos teus gestos...
... me embaralho!
No olhar de canto...
... afloro meus afetos!
No abraço apertado...
... me esperanço!
Naquela palavra...
... me desconcerto!
Minha musa platônica...
... seu desprezo no meu coração crava!
E você, sutil deste jeito...
... espera uma atitude empírica.
Pra quê dificultar nossos anseios?
Sutileza gera incerteza!
E o Amor, não admite rodeios!



sábado, 23 de março de 2013

Eu te amo não é bom dia


Eu te amo!
Frase forte. Concorda?!
Tantos falam...
... poucos merecem!
Um “eu te amo” deve ser especial, para alguém especial!
Deve ser dito no momento certo, com a entonação adequada...
Com brilho nos olhos.
Corpo leve.
Com aquela sintonia. Sabe?!
Quem precisa dizer "Eu te amo" todos os dias...
... é porque, de fato, quer agradar.
"Eu te amo" não é bom dia!
Prove seu amor...
... não o cuspa por aí para qualquer um!
Necessitamos de amor na dose certa.
Tudo em demasia nos cansa!
Porque um “eu te amo” quando menos esperamos...
... é capaz de transformar nosso mundo!