segunda-feira, 24 de junho de 2013

o EU do Outro

No meu íntimo, entendo-me...
Minhas atitudes, minhas ações, o que faço...
... sempre é julgado pelos Outros!
Isso não me agrada!
Entretanto, na concepção dos outros...
... existem vários “EU”.
A visão de mundo varia de pessoa para pessoa.
O que faço, depende da sensibilidade de percepção do Outro.
Cada um tem uma imagem sobre mim.
Uns gostam, outros não...
Uns sequer relevam.
O problema é que sempre acabam reclamando...
Pois, dependendo do “EU” que percebem...
... recebem o “EU” que merecem!
Bem, essa é a dinâmica das relações que tanto tenho falado...
Que tanto prezo...
E que tanto reflito...
E que o Outro já está cheio de tanto ler...




Pacato cidadão

Às vezes, por bem poucas vezes...
... queria ser um pacato cidadão.
Despregado de certas raízes!
Sem preocupações e alucinação.
Com certeza seria menos frustrado.
Desprovido de tenras expectativas.
Sem saber se seria ou não um bitolado.
Imune às misericordiosas iniciativas...
Por vezes, gostaria de ser mais simples.
Pensar modestamente...
Mas não posso, vai contra minhas diretrizes!
Gosto mesmo é de questionar a mais condicionada mente...
O mais pacato cidadão não compreende...
... que o que faz é um processo de crente!
Tudo poderia ser mais trivial.
Mas trivialidade de pensar se constitui como credo banal.
E o pacato cidadão pode até ser o que mais sofre...
... mas certamente é o que, ao final, mais se diverte!




domingo, 23 de junho de 2013

Mutação

Era um ser tranquilo...
Um devoto do marasmo!
E num devaneio repentino...
Deu luz ao sarcasmo.
Abandonou a religião...
Traiu o seu comodismo.
Caiu em tentação.
Flutuou na infinitude do abismo.
De dia era um pacato trabalhador.
Um lorde na sociedade.
À noite, um enlouquecido transfigurador!
Um pândego sem idade.
Mas hoje, ele não tem mais medo da opinião alheia.
Sai para a gandaia e apronta.
E sabe muito bem, que nenhum inferno lhe sentencia!
Somente a vontade de ser feliz na vida é que, de fato, lhe afronta!