sábado, 28 de junho de 2014

Como-somos e cromossomos

Somos assim.
Tão complexos e tão simples.
Tão humanos e tão metálicos!
Sou infinito.
Sou zero...
Como-somos!
Temos fome.
Temos sono!
Instáveis emocionalmente.
Limitados!
Cromossomos!
Fome de humanidade...
Limitados na complexidade.
Zeros metálicos.
Infinitos nas emoções!
Simples nas instabilidades!
Tão ele, tão você, tão eu...

Como-somos e cromossomos!



sexta-feira, 27 de junho de 2014

Lambendo o mofo das gravatas

Burocracia!
Troca de favores!
Ficar rasgando seda!
Normas, leis, estatutos, ofícios, controle!
Não tenho estômago para isso.
Não quero agradar os outros, nem a mim mesmo.
Quero apenas ser digno.
Magnatas do poder rodeados de bajuladores não é minha praia.
Escravos técnicos do sistema!
Tudo pode ser tão simples, tão harmônico, tão democrático.
Desacredito seriamente neste jogo de manipulações que não chega a lugar algum.
Não lambo o mofo das gravatas destes juízes sem escrúpulos, destes políticos corruptos, destes doutores sem educação, destes jornalistas sem alma.
Sou um desalinhado e ninguém vai me tirar o direito de escolha.
Podem me cortar os braços, mas nunca vão cortar meus pensamentos.
E você?

Vai continuar com a língua neste mofo todo?




sábado, 14 de junho de 2014

Odeio-te com todo meu amor

Odeio-te!
Detesto-te!
No âmago da minha ira.
O meu amor é seu...
... e de mais ninguém!

Digo que odeio só para dizer que te amo!
Eu sei...
É um insano sentimento.
Que me traz tanto tormento.

Amo-te!
Adoro-te!
E essa felicidade ardente...
... só meu ódio pode disfarçar.

É um misto de emoções que me faz ter razão.
Faz fugir dos riscos.
Pois é assim que gosto:

Odiar-te com todo meu amor!