sábado, 30 de janeiro de 2016

O brilho dos olhos

O brilho dos olhos, dos teus olhos...
... ninguém me tira!
Nunca apagarão da parede da minha memória!
O brilho dos meus olhos...
... é fruto do brilho dos teus.
Do amor confiado.
Do tempo esperado.
Das lágrimas choradas.
Dos corações despedaçados.
De uma parafernália de sentimentos.
Brilhei em você, refletido em mim.
Dois brilhos, dois olhos, uma luz, a eternidade!
Como é bom fazer e ser feliz com alguém!
É tão divino.
Tão único.

Tão inexplicável...



quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

Ainda faço planos

Ainda faço planos...
Para o que um dia pensei.
Um dia imaginei.
Ainda aguardo o futuro que não virá.
Os planos deixados de lado no jazigo das paixões se esvaem.
Por vezes, numa recaída sutil, os revivo.
Com saudade dos planos que não aconteceram...
... embriago-me na pseudonostalgia!
O maior dos meus planos não era superficial.
Ainda faço planos para...
O amor que não existiu.
A atenção que nunca se deu!
Os filhos que não tivemos.
O envelhecer juntos que não acontecerá!

Como é melancólico!

Saber que duas almas recíprocas nunca se juntaram...




sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

O bom julgador

Julgamos quase tudo.
Pensamos que temos propriedade para julgar...
... quando o que fazemos é comparar!
Desmerecemos o outro.
Somos tendenciosos.
Incapazes de não julgar.
Categorizar.
Separar os “bons” dos “ruins”.
Julgamos até o julgamento do outro.
Porém, debaixo de nossas perucas brancas e pomposas...
... se esconde o reflexo do medo do julgamento.
Julgo, mas detesto que façam isso comigo!

Enfim, como já diria o provérbio: o bom julgador julga os outros por si próprio!


segunda-feira, 18 de janeiro de 2016

Rasgando pedaços do passado

Por medo, relutei!
Para me fortalecer, desatinei!
Hoje sentei e revirei as caixas do meu passado.
Amontoadas na estante do esquecimento.
Empoeiradas com o olhar pesado.
Relembrando páginas de outrora neste momento
Percebo a história da minha vida.
Cada página rasgada dói na alma.
É um pouco de mim que se vai.
São as asas de um sonho que agora cai.
Os trejeitos de uma época bem resolvida.
Serão lixo? Ou era um antigo e maquilado carma?
Ao revirar as folhas guardadas dos meus 13 anos...
... tive uma agradável surpresa!
Uma carta que deixei para mim...
... e que com o tempo esquecera.
Parecia que estava conversando com aquele menino sereno.
Aquele menino que hoje invejo...
Em pranto, resolvi queimar esse passado...
... que tanto me fez feliz e que ainda me atormenta!
Mas a nostalgia apareceu e com um tapa de luva me acertou.
Então guardei aquelas folhas iminentes ao fim.
Sentei no meu orgulho.
Mergulhei nas facetas de outro eu.
Escrevi uma carta!
Para quem sabe, daqui dez anos, ainda me lembre de que fugir do passado...

... é matar uma parte de mim mesmo!